terça-feira, 2 de outubro de 2012

Caminhos e Fronteiras - vias de transporte no extremo oeste do Brasil - Paulo Roberto Cimó Queiroz


Definições usuais, contidas em compêndios clássicos sobre política de transportes, costumam associar os caminhos, em primeiro lugar, à produção e ao consumo, considerados “as bases fundamentais e essenciais da vida econômica” de uma sociedade (Gordilho, 1956, p. 17). Nessa perspectiva, enfatiza-se que, à medida que uma sociedade se torna mais complexa, tende a ocorrer uma separação espacial entre os centros de produção e os de consumo, de modo que as vias e meios de transporte passam a desempenhar “um papel de natureza vital na economia”, constituindo “os meios indispensáveis à circulação da riqueza” (Fonseca, 1955, p. 16).
Tudo isso é verdadeiro, por certo. Contudo, há que se evitar a tendência, até certo ponto implícita em tais definições, a se considerar as vias e meios de transporte de um ponto de vista puramente “técnico”, isto é, como “elementos que estabelecem ligações entre distintos espaços” – como se a necessidade das ligações fosse algo dado quase “naturalmente”. De fato, em se tratando de sociedades humanas, as necessidades, bem como os meios destinados a satisfazê-las, são sempre sociais, isto é, são mediadas e definidas pelos variados interesses, em geral divergentes, presentes em uma determinada sociedade, de tal modo que a dimensão técnica dos meios é apenas uma entre várias outras.
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CAARAPÓ - MS – UMA REFLEXÃO PRELIMINAR SOBRE A FRENTE DE EXPANSÃO - 1880-1950 - Roni Mayer Lomba e Júlio César Suzuki


A discussão a respeito da frente de expansão no Sul do antigo Estado de Mato Grosso (lugar onde se assenta a cidade de Caarapó) é importante para conhecermos os cernes que explicam as formas de ocupação no atual município de Caarapó e as relações engendradas. Para explicar essas formas de ocupação, nos embasamos em Martins (1989 e 1997), que aponta a frente de expansão a formas pelos quais não se predomina a propriedade privada da terra. Refere-se especialmente a formas de ocupação de caráter “espontâneo”. Nela nos ocupamos em registrar os assentamento dos indígenas, da expansão da pecuária dentro de uma economia de excedentes. No Sul do Antigo Mato Grosso também se registrou no final do século XIX o assentamento da exploração dos ervais nativos e a formação do maior complexo privado da época, a expansão das ações da Cia Matte Larangeira.
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Armamento da Guerra do Paraguai - Adler Homero Fonseca de Castro

No Brasil o campo da história militar tradicional tem, desde suas origens, se preocupado quase que exclusivamente com os aspectos “técnicos” da guerra – estra-tégia, batalhas e líderes. Isso é uma visão limitada e, mais importante, afasta um pou-co o interesse da maior parte dos leitores com relação aos conflitos, já que esses as-pectos técnicos interessam mais aos profissionais do ramo que, em tese, poderiam se beneficiar desse estudo – os militares. Mas as guerras ou, mesmo em tempo de paz, a preparação para a guerra ou defesa nacional, por seu efeito global, é de extrema im-portância para se entender as próprias sociedades onde ocorrem os eventos, de forma que hoje em dia se dá cada vez mais atenção ao estudo do modo como os grupos soci-ais interagem com as forças armadas ao longo dos anos.
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APONTAMENTOS PARA UMA LEITURA DA PRESENÇA MILITAR - BRUNO TORQUATO SILVA FERREIRA


A presente dissertação se propõe a discutir aspectos da evolução institucional pela qualpassou o Exército brasileiro entre as décadas finais do século XIX e as iniciais do séculoXX, no antigo território mato-grossense. Para tanto, foram utilizados e analisados documentos produzidos pelas burocracias provincial e estadual do antigo Mato Grosso, pela burocracia do Exército, jornais de época e registros memorialistas. Este trabalho foi dividido em três capítulos. O primeiro diz respeito à delimitação conjuntural das mudanças vividas pelo Exército desde a sua fundação até as décadas iniciais do século XX. O segundo contém uma análise acerca dos desdobramentos daquelas transformações nas guarnições federais acantonadas em Mato Grosso. Finalmente, no terceiro e último capítulo, há indicações a respeito do cotidiano dos praças que serviram arregimentados nos corpos mato-grossenses.
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A tomada do trem - A greve de 1914 dos ferroviários da Noroeste - Guilherme Grandi e Diego Francisco de Carvalho


Qual a importância de um movimento grevista para a pesquisa histórica? Faz sentido ao historiador de orientação não marxista investigar as razões históricas de uma greve de trabalhadores? Por que, de modo geral, há poucos historiadores no Brasil que se propõem a pesquisar os temas relacionados ao trabalho ferroviário? E, ademais, quais seriam os instrumentos, os meios, as fontes documentais existentes e necessárias para se levar a cabo uma pesquisa histórica dessa natureza? Essas são questões que nos levaram a abordar o tema aqui proposto: a greve dos ferroviários da Estrada de Ferro Noroeste, ocorrida no ano de 1914. Nossa intenção não é responder todas as indagações anteriormente mencionadas, mas, sobretudo, consiste na tentativa de nos aproximar do sentido histórico das reivindicações desses ferroviários da Noroeste. Assim, pretende-se compreender as motivações da greve de 1914 através, principalmente, da reflexão acerca dos depoimentos de alguns dos principais protagonistas desse movimento grevista. Esses depoimentos estão reunidos em uma fonte documental ainda inexplorada: os inquéritos policiais, que, neste caso, são da delegacia do município de Bauru e datam de maio de 1914.
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A PRESENÇA DE TUPINISMOS NA LÍNGUA FALADA NA REGIÃO CENTRO-OESTE DO BRASIL - Daniela de Souza Silva COSTA - Aparecida Negri ISQUERDO


Este artigo discute resultados de pesquisa sobre a influência do substrato tupi na modalidade oral da variante brasileira do português a partir de dados geolinguísticos coletados pelo Projeto Atlas Linguístico do Brasil – Projeto ALiB – na região Centro-Oeste brasileira. O estudo considerou também os contatos interétnicos ocorridos no Brasil especialmente no período colonial brasileiro (séculos XVI a XVIII), além da história social das localidades pesquisadas.
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A ocupação do território guarani na região transfronteiriça Brasil e Paraguay - a entrada de nossos contrarios - BRAND, Antônio e outros

Os Guarani ocupam, desde a chegada dos primeiros colonizadores, no século XVI, um amplo território nas terras baixas da América do Sul, que ia desde o litoral de Santa Catarina, ao longo do Rio Paraguai, Paraná, entre outros, chegando até as franjas da cordilheira dos Andes. A partir de 1750, em especial após a constituição dos Estados Nacionais, os Guarani confrontam-se com a crescente penetração de novas frentes de ocupação de seu território, alterando, profundamente, as suas condições de vida e a relação com o território e com esses outros – “os nossos contrários” – que nele adentram em períodos mais recentes. O trabalho está centrado na região transfronteiriça Brasil e Paraguai e destaca as conseqüências dessa ocupação para o cotidiano dos Guarani, em especial Ava e Paĩ/Kaiowá.
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http://www.4shared.com/office/VMW-4jL-/A_ocupao_do_territrio_guarani_.html

A mão-de-obra paraguaia no fluxo do Rio Paraná: uma breve leitura -Leandro Baller


Este artigo propõe uma análise bibliográfica referente utilização da mão de obra paraguaia utilizada durante um período aproximado de meio século, desde os fins do século XIX até meados do século XX, especialmente na exploração da erva-mate e na extração de madeira no antigo sul de Mato Grosso[ii] atual Mato Grosso do Sul e também no oeste do Paraná.
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A INTEGRAÇÃO PRODUTIVA DO CONE SUL DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL AO TERRITÓRIO NACIONAL - Walter Guedes da Silva - Marina Evaristo Wenceslau

Ao discutir o processo de integração do Sul do Mato Grosso do Sul ao território nacional, foi possível entender que tal integração foi parcial, seletiva e excludente, uma vez que nem todos os municípios e produtores dessa Região mudaram seu eixo de acumulação para os produtos que se apresentaram como nova oportunidade de acumulação, como é o caso da soja, do milho e do trigo. Na busca de melhor precisar nosso estudo, delimitamos a região de Dourados, localizada no Sul do Estado de Mato Grosso do Sul, composto por 13 municípios, para que pudéssemos atender ao nosso objetivo, que consiste em analisar o processo de integração produtiva dos municípios dessa Região com o território nacional. Enquanto procedimento metodológico realizou um levantamento bibliográfico e documental das políticas de desenvolvimento regional, fundamentado em análises de textos (principalmente a produção bibliográfica regional) e dados estatísticos, que serviram de base para o desenvolvimento de nossa pesquisa. Enquanto fundamentação teórica, recorremos às abordagens geográficas que discutem os avanços das relações capitalistas de produção sobre o campo, que subordinam o capital agrícola ao capital agroindustrial, contribuindo para o estabelecimento de novas relações sociais pela capitalização das unidades produtivas, gerando tanto a integração produtiva como a exclusão de produtores.
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A ICONOGRAFIA DA GUERRA DO PARAGUAI E O PERIÓDICO SEMANA ILLUSTRADA - 1865 - 1870 - Marcus Tulio Borowiski Lavarda


A chamada Guerra do Paraguai ou a Guerra da Tríplice Aliança, que se estendeu entre os anos de 1864-70, marcou profundamente os países nela envolvidos e transformou o cenário geopolítico da região platina. Nesse período, um amplo material iconográfico foi produzido sobre o confronto, tais como a pintura, ilustração, fotografia e a imprensa, que tiveram papel primordial na representação dos personagens e cenários da guerra. A opinião da imprensa ilustrada variava conforme os resultados obtidos nos campos de batalhas e, também, conforme a reação da sociedade ante ao evento bélico, que atingia a todos. Então, neste trabalho, priorizam-se a leitura e interpretação das imagens da Guerra contra o Paraguai, enfatizando-se a produção, publicação e recepção para o público oitocentista. Imagens, monumentais, que contribuíram para formar a memória do maior confronto bélico jamais visto na América do Sul.
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A GUERRA DA TRÍPLICE ALIANÇA ATRAVÉS DA MEMÓRIA DE SEUS ATORES: O PROJETO HISTORIOGRÁFICO DE ESTANISLAO ZEBALLOS - Liliana M. Brezzo

Neste artigo, o autor analisa o projeto historiográfico do argentino Estanislao Zeballos (1854-1923) sobre a Guerra da Tríplice Aliança e convida a uma reflexão teórica e metodológica em torno dos desafios propostos por este enfoque e os depoimentos utilizados para tal História.
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http://www.4shared.com/office/_obMcEpb/A_GUERRA_DA_TRPLICE_ALIANA_ATR.html

RUÍNAS DE XEREZ: MARCO HISTÓRICO DO COLAPSO DO PROJETO COLONIAL CASTELHANO EM MATO GROSSO - SANDRA NARA DA SILVA NOVAIS

Nesta dissertação é analisado o projeto castelhano de colonização, no interior do continente sul-americano, da área banhada pelo alto curso do rio Paraguai, enfocando-se, sobretudo, a região centro-sul do Pantanal que, nessa época, integrando o extenso Paraguai Colonial, denominava-se Campos de Xerez. - A Colonia de Xerez estava localizada próxima de onde hoje é a cidade de Aquidauana, no Mato Grosso do Sul.
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http://www.4shared.com/office/kySQY9a9/RUNAS_DE_XEREZ_-_PROJETO_COLON.html

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

DOURADOS E A DEMOCRATIZAÇÃO DA TERRA: povoamento e colonização da Colônia Agrícola Municipal de Dourados - 1946/1956 (Maria Aparecida Carli)

A obra procura analisar aspectos considerados relevantes relacionados ao processo de colonização e povoamento da Colônia Agrícola Municipal de Dourados, no período de 1946-1956. A partir de pesquisa em acervos documentais existentes sobretudo nas cidades de Dourados, Ponta Porã e Itaporã, além de depoimentos colhidos de ex-colonos, a autora aborda assuntos ligados à implantação e delimitações das áreas destinadas aos colonos, às questões do processo migratório e às formas de organização e produção.
Sobre a autora:
Maria Aparecida Ferreira Carli é historiadora e professora de História com graduação e mestrado pela Universidade Federal da Grande Dourados, onde também trabalhou. No momento atua como docente na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul e na Fundação Escola do Governo/MS.
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ARQUEOLOGIA PANTANEIRA: história e historiografia - 1875/2000 (Jorge Eremites Oliveira)

Estudo que aborda o desenvolvimento das pesquisas arqueológicas na região do Pantanal, a maior área úmida contínua do planeta; no qual o autor analisa a produção científica dos arqueólogos dentro do contexto histórico da época em que foi produzida. Apresenta um breve e crítico histórico sobre as pesquisas arqueológicas realizadas na região e faz uma avaliação historiográfica dos estudos arqueológicos, sempre com a preocupação de tratar da relação autor-obra-meio. Trata-se, portanto, de uma obra que estimula o debate científico.
Sobre o autor:
Jorge Eremites de Oliveira é licenciado em história pela UFMS, mestre e doutor em Arqueologia pela PUCRS. Desde 1996 é docente da UFMS campus de Dourados – atual UFGD. Atua na função de perito da Justiça Federal nas áreas de antropologia, arqueologia e história; publicou vários trabalhos no Brasil e no exterior e recebeu os prêmios “Marçal de Souza – Tupã I” (1999) e “Branislava Susnik” (2003).  É socioefetivo da Sociedade de Arqueologia Brasileira, da Associação Brasileira de Antropologia e da Associação Nacional de História e Society for American Archaeology.
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AQUIDAUANA: A BAIONETA, A TOGA E A UTOPIA, NOS ENTREMEIOS DE UMA PRETENSA REVOLUÇÃO (Eudes Fernando Leite)

O livro trata da repressão política em Aquidauana/MT – hoje Mato Grosso do Sul –, enfocando o Golpe militar de 1964 e seus desdobramentos. Traz análise da Repressão, da Justiça e da Utopia Comunista na cidade, cuja localização próxima à fronteira Brasil/ Paraguai refletiu nas questões do golpe num passado histórico. Para construção dessa interpretação, o autor lançou mão de fontes escritas e orais. O texto foi apresentado no formato de Dissertação de Mestrado ao programa de Pós-graduação em História e Sociedade da Unesp/Assis, no ano de 1994.
Sobre o autor:
Eudes Fernando Leite é natural de Aquidauana/MS. Graduado em História na UFMS (1991); possui mestrado (1994) e doutorado (2000) em História pela Unesp/ Assis. Ministrou aulas na UFMS campus de Corumbá (1993-2002) e atualmente é professor no curso de Licenciatura Plena em História da UFGD. Nesta instituição, integra o corpo docente do Programa de Pós-graduação em História e se dedica na pesquisa de história e cultura pantaneiras.
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terça-feira, 7 de agosto de 2012

TERRA INDÍGENA BURITI: perícia antropológica, arqueológica e história sobre uma terra terena na Serra de Maracaju, Mato Grosso do Sul

A obra consiste na publicação de um laudo judicial produzido em 2003, cuja execução foi determinada pela Justiça Federal em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. O trabalho apresenta o resultado da primeira pesquisa realizada conjuntamente entre Jorge Eremites de Oliveira e Levi Marques Pereira, à época docentes da UFMS – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Neste estudo os autores concatenam procedimentos teórico-metodológicos comuns aos campos da antropologia sociocultural, arqueologia e história, com vistas ao esclarecimento de uma série de quesitos apresentados pelo Juízo e pelas partes envolvidas no litígio pela posse de terras na região serrana de Maracaju.
Sobre o autores:
Jorge Eremites de Oliveira é doutor em História (Arqueologia) pela PUCRS – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, com estágio de pós-doutorado em Antropologia Social pelo Museu Nacional, UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Levi Marques Pereira é doutor em Ciências (Antropologia Social) pela USP – Universidade de São Paulo, com estágio de pós-doutorado em Antropologia Social pela UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas.
Ambos os autores são sul-mato-grossenses e professores da UFGD – Universidade Federal da Grande Dourados, onde no momento estão vinculados ao curso de graduação em Ciências Sociais e aos programas de pós-graduação em Antropologia e História. Juntos têm produzido e publicado vários estudos desde 2003. Fazem parte ainda do corpo de pesquisadores do ETNOLAB – Laboratório de Arqueologia, Etnologia e Etno-história, também pertencente à UFGD.
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O BINÓCULO E A PENA: a construção da identidade mato-grossense sob a ótica virgiliana: 1920- 1940 (Gilmara Yoshihara Franco)

O célebre escritor Virgílio Corrêa Filho tornou-se, ao longo do século passado, referência obrigatória para os pesquisadores da história de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Sua vasta obra começou a ser escrita em um período marcado por intensas lutas pelo controle do poder político em Mato Grosso e constitui importante referencial para se compreender os laços de pertencimento que passaram a caracterizar a identidade mato-grossense. O livro tem por objetivo revelar características dessa construção identitária presente em trabalhos publicados pelo escritor entre os anos de 1920 e 1940.
Sobre a autora:
Gilmara Yoshihara Franco é licenciada em História pela Universidade Católica Dom Bosco (1998) e mestre em História pela Universidade Federal da Grande Dourados (2007). Entre os anos de 2003 a 2005 lecionou na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e atualmente é professora da rede pública de ensino deste estado.
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ÑANDE RU MARANGATU: laudo antropológico e histórico sobre uma terra kaiowa na fronteira do Brasil com o Paraguai, município de Antônio João, Mato Grosso do Sul (Jorge Eremites Oliveira; Levi Marques Pereira)

O livro é a publicação de um laudo antropológico e histórico sobre a terra reivindicada por uma comunidade Kaiowa que vive no distrito de Campestre, município sul-mato-grossense de Antônio João, na fronteira do Brasil com o Paraguai. Naquela região, índios da etnia Kaiowa, fazendeiros e trabalhadores rurais disputam judicialmente a posse de uma área identificada pelo órgão indigenista oficial como a Terra Indígena Ñande Ru Marangatu. Por ser um estudo de natureza técnico-científica encomendado pela Justiça Federal em Mato Grosso do Sul, a obra trata de um assunto bastante polêmico na atualidade, que tem despertado interesse de um público cada vez maior.
Sobre os autores:
Jorge Eremites de Oliveira, doutor em arqueologia pela Pontíficia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS e Levi Marques Pereira, doutor em antropologia pela Universidade de São Paulo – USP (2004), são sul-mato-grossenses de Corumbá e Dourados, respectivamente. Atuam como docentes e pesquisadores da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Federal da Grande Dourados – UFGD, instituição em que participam do curso de graduação em Ciências Sociais, do Programa de Pós-Graduação em História, linha de pesquisa História Indígena, e do Laboratório de Arqueologia, Etnologia e Etno-história – ETNOLAB.
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TOMÉ, O APÓSTOLO DA AMÉRICA: índios e jesuítas em uma história de apropriações e ressignificações (Thiago Leandro Vieira Cavalcante)

Desde o início da conquista e colonização da América foi difundida a idéia de que o apóstolo Tomé teria vindo para o continente com o objetivo de pregar o evangelho aos indígenas. Ao que tudo indica o mito surgiu da junção entre um mito cristão e um mito indígena. Ao longo dos séculos XVI e XVII, com a chegada dos jesuítas, esse mito sofreu novas apropriações e ressignificações. Este trabalho analisa tais apropriações e ressiginificações, que foram cunhadas com a intenção de responder aos problemas específicos de cada momento histórico, e também se envereda para a discussão a respeito da racionalidade nativa.
Sobre o autor:
Thiago Leandro Vieira Cavalcante nasceu em Apucarana/ PR e cursou toda a educação básica em sua terra natal. Possui graduação em História na Universidade Estadual de Londrina e posssui mestrado em História pela Universidade Federal da Grande Dourados. Já atuou como docente na educação básica e superior. Atualmente desenvolve pesquisas na área de História Indígena, é servidor da UFGD e doutorando em História pela Unesp de Assis/ SP.
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VIAJERAS ENTRE DOS MUNDOS (Sara Beatriz Guardia - Ed. e Comp.)

En la obra "Viajeras entre dos mundos", encontramos una nueva forma de mirar la historia de las mujeres. Decenas de historiador@s han aunado esfuerzos para visibilizar las mujeres en la vida cotidiana, política, social y cultural através de su pensamiento y escrita, donde acusan la existencia de un público lector ávido por memorias de testigos oculares de realidades pretéritas. Además de lo que sus percepciones registran, hay también en sus relatos compilaciones de otras fuentes (primarias y secundarias), material lingüístico, iconográfico, cartográfico y elementos de la tradición oral que componen el conjunto de la obra que presentamos.
Sobre a editora e compiladora:
Sara Beatriz Guardia é da Universidad de San Martín de Porres, Perú.
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sexta-feira, 22 de junho de 2012

OS INTELECTUAIS E O PODER: HISTÓRIA, DIVISIONISMO E IDENTIDADE EM MATO GROSSO DO SUL - CARLOS MAGNO MIERES AMARILHA

Esta pesquisa analisa as construções culturais sul-mato-grossenses realizadas pelos sócios do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul (IHG-MS) e da Academia Sul- Mato-Grossense de Letras (ASL). Faço uma ponderação sobre a criação de identidades mato-grossenses e sul-mato-grossenses nos períodos de 1918 a 1922 (Cuiabá), 1932 a 1934 (Campo Grande) e 1943 a 1946 (Ponta Porã). Estudo a relação desses intelectuais com o poder constituído. Observo a construção narrativa do “movimento divisionista”, divulgado pela Liga Sul-Mato-Grossense (LSM) nos anos trinta do século XX, e dos discursos históricos publicados depois da efetivação do estado de Mato Grosso do Sul, por meio do governo militar, em 1977, difundidos pelos homens de letras, com a intenção de criar uma identidade sul-mato-grossense. Igualmente estudo a construção cultural dos hinos de MT e de MS, bem como o epônimo e o gentílico de Mato Grosso do Sul, escolhidos pelos Homens de Letras.
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O “SEGUNDO ELDORADO” BRASILEIRO - Navegação fluvial e sociedade no território do ouro. De Araritaguaba a Cuiabá (1719-1838) - MARCOS LOURENÇO DE AMORIM

Esse trabalho trata do intenso movimento migratório ocorrido entre Araritaguaba e Cuiabá, através de expedições fluviais. Este movimento, conhecido como monções do sul, ou monções paulistas, decorreu das descobertas auríferas do rio Cuiabá, na primeira década do século XVIII pelo sertanista Pascoal Moreira Cabral. As monções são entendidas como uma continuação das bandeiras paulistas dos séculos XVI e XVII que avançaram nos caminhos do interior da América portuguesa e permitiram o reconhecimento dos sertões mineiros traçando a rota que levou à descoberta do ouro das Gerais, na última década do século XVII, e, em 1719, aos achados do Coxipó-mirim trazendo a lume o segundo Eldorado brasileiro. Discute a trajetória de luta pela conquista do espaço físico brasileiro e sobre o papel das expedições fluviais do século XVIII, vislumbrando as lutas sociais travadas no passado colonial dando início para a trajetória de construção do Brasil.
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http://www.4shared.com/office/Eo7dYBcM/O_SEGUNDO_ELDORADO_BRASILEIRO_.html

A MULTIFACE DA EMPRESA MATE LARANJEIRA - Jovam Vilela da Silva

Os ervais sul mato-grossenses são nativos e abrangem uma extensa área. A área na qual inicialmente se instalou a Empresa Mate Laranjeira foi entre as cabeceiras dos rios Brilhante e Dourados. Além desses dois rios, estendiam-se os ervais pelos contornos e franjas do rio Sete Voltas, Ivinheima, Paraná até a serra de Maracajú e pela crista desta a da serra de Amambai, indo mais além e entrando pelo território vizinho do Paraguai. Estes mesmos ervais ocupavam ainda os Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (mapa: Região dos Ervais). No final do século XIX e primeira metade do século XX, a indústria de beneficiamento foi tão remuneradora que a Empresa Mate Laranjeira surgiu e disputou a hegemonia deste negócio com o Estado do Paraná e com o Rio Grande do Sul. 

O empreendimento foi idealizado e colocado em execução por Tomás Laranjeira e pelo colaborador e sócio Dr. Francisco Mendes Gonçalves. Dr. Francisco nasceu na ilha da Madeira em 18.06.1846, na aldeia de Campanário, nome este que mais tarde seria dado à sede do empreendimento dos negócios do Mate. Foi filho de um médico de numerosa prole, que diversas vezes viera ao Brasil, onde tinha parentes, exercendo a sua profissão a bordo. Ao morrer o pai, seu filho mais velho, Ricardo, então comerciante no Rio de Janeiro, mandou buscar, para o Brasil, toda a família.
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terça-feira, 19 de junho de 2012

Os Kaiowá e Guarani em tempos da Cia Matte Larangeira: negociações e conflitos. - Antônio Brand - Eva Mª L. Ferreira - Fernando Augusto Azambuza de Almeida

As concessões feitas à Companhia Matte Larangeira atingem em cheio o território dos Kaiowá e Guarani. Embora a mão-de-obra amplamente predominante nos ervais tenha sido a paraguaia, ocorreu, em várias regiões, o significativo engajamento de índios Kaiowá e Guarani na exploração da erva mate, em especial nos trabalhos relacionados à colheita e ao preparo da erva mate, como têm sido abundantemente comentado pelos diversos informantes indígenas. Nicásio Vasques, índio kaiowá, de Laguna Caarapã, relata bem como se dava o trabalho nos ervais.
Link para o artigo:
http://www.4shared.com/office/uLeN5k0x/Os_Kaiow_e_Guarani_em_tempos_d.html


Métodos, teorias e fontes no estudo dos colonos-ervateiros do antigo sul de Mato Grosso (1945-1970) - José Antonio Fernandes


Desde o fim do século XIX a erva-mate foi assumindo papel preponderante como produto chave da história econômica do antigo sul do estado de Mato Grosso, quando Tomás Laranjeira consegue um arrendamento de terras e inicia a exploração de imensos ervais nativos existentes na região onde surgiria a povoação de Ponta Porã 2. Sua produção de erva-mate semipreparada (cancheada) seguia para Argentina, principal mercado consumidor, onde possuía escritório e beneficiadora para o produto. Utilizava milhares de trabalhadores (majoritariamente paraguaios), mantidos em condições de trabalho subumanas. Realizou grandes investimentos e adquiriu grande poder e prestígio, chegando a ser o maior contribuinte da Fazenda Estadual no início do século XX 3, tendo por esse motivo, a presença e atividades dessa grande empresa realçada, possuindo o domínio quase exclusivo sobre a produção e exportação da erva-mate na região.
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Área de concessão de ervais no antigo Sul de Mato Grosso para a Companhia Mate Laranjeira

Mapa demonstrando a área de concessão para a CML, conforme Decretos 8799 de 1882; 520 de 1890; 26 de 1892 e 103 de 1895.
Link para o mapa:
http://www.4shared.com/office/x7D6j_4B/Area_de_concesso_de_ervais_par.html

A MORTE NOS ERVAIS DE SELVA TRÁGICA, DE HERNÂNI DONATO - Jérri Roberto Marin

O artigo analisa a morte e atitudes diante dela na obra Selva Trágica, de Hernâni Donato. A morte e os ritos funerários não eram uma cerimônia pública, não seguiam nenhum protocolo e nem tinham caráter dramático ou gestos de emoção excessivos. A morte representava uma ruptura, ao libertar o homem do mundo irracional, violento e cruel. Por ser frequente e sua presença sempre iminente, não era apavorante nem obsessiva. Era familiar, o destino de todos os homens, apesar de não ser desejável morrer nos ervais.
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terça-feira, 5 de junho de 2012

PENETRANDO DOMÍNIOS DA MATTE LARANGEIRA: PRODUTORES INDEPENDENTES E FRENTES PIONEIRAS -ALBANEZ, Jocimar Lomba e JESUS, Laércio Cardoso de

Entre o fim do século XIX e as primeiras décadas do século XX, a região ervateira do antigo sul de Mato Grosso foi um espaço de grandes interesses entre a Companhia Matte Larangeira e os pequenos produtores de erva-mate, considerados como posseiros. A partir da criação da Lei 725 de 1915,1 muitos produtores tiveram possibilidades de adquirirem os títulos provisórios e definitivos da terra para a extração da erva-mate, promovendo concorrência à referida empresa. A lei de 1915 provocou reações adversas principalmente no que se referia aos interesses da Cia. 

É importante observar que quando se trata da economia ervateira no antigo Sul de Mato Grosso (SMT),2 a historiografia mato-grossense e sul-mato-grossense tende a enfatizar a atuação e a presença da Companhia Matte Larangeira.3 Essa empresa, cuja origem remonta à iniciativa de Thomaz Larangeira, que entre as décadas de 1870 e 1880, exerceu um papel virtualmente monopolista na economia ervateira sul-mato grossense. Mas, é certo que muitos autores apontam a presença de produtores independentes nessa economia, entendidos como posseiros.
Link para o artigo:
http://www.4shared.com/office/hrYMBa0W/PENETRANDO_DOMNIOS_DA_MATTE_LA.html

TERRAS DEVOLUTAS DE ÁREAS ERVATEIRAS DO SUL DE MATO GROSSO: A DIFÍCIL CONSTITUIÇÃO DA PEQUENA PROPRIEDADE (1916 – 1948) - JOSÉ ROBERTO RODRIGUES DE OLIVEIRA


As terras ervateiras do sul de Mato Grosso foram exploradas sob o signo do grande domínio, principalmente pela Companhia Matte Larangeira. Nesse sentido, o presente trabalho buscou resgatar os diversos mecanismos praticados, legais ou não, com vistas a manter o domínio por quase 60 anos de boa parte do atual território do Mato Grosso do Sul.
O estudo das leis, decretos, resoluções e bibliografias existentes sobre a posse e ocupação das terras do sul de Mato Grosso permitiu construir um quadro parcial, porém significativo, desse processo.
O trabalho discute que a exploração das terras ervateiras ocorreu com a presença da Companhia Matte Larangeira, beneficiada com concessões de arrendamentos, os quais geraram disputas e questionamentos. Dessa forma, os debates e discussões como “A Questão do Matte”, de 1912, a “Caetanada”, de 1915/1916, dentre outros, são retratos dos conflitos entre setores das elites mato-grossenses.
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quarta-feira, 9 de maio de 2012

Resenha do livro: A Companhia Mate Larangeira e a ocupação das terras do sul de Mato Grosso - 1880-1940 - Odalea Deniz Bianchini

Excelente livro. Relata a ocupação da terra do então Sul do Mato Grosso, pela Companhia Mate Larangeira. Leitura agradável e de fácil assimilação. Sugiro a aquisição e leitura do mesmo.
Link para o artigo:
http://www.4shared.com/office/zfwNNsYu/Resenha_de_Paulo_Avelino__A_Co.html

SELVA TRÁGICA: imposições e resistências - Fábio Luiz de Arruda Herrig

O presente artigo faz uma análise dos pontos históricos da obra Selva Trágica: a gesta no sulestematogrossense, de Hernani Donato. Esta historicidade buscada na literatura se refere às imposições feitas à cultura dos trabalhadores da Companhia Matte Larangeira e, respectivamente, as formas de resistências criadas por estes para manter os elementos constitutivos de sua cultura. De forma geral, portanto, o trabalho se debruça, em termos de tempo, sobre o período que corresponde ao início do século XX e em termos de espaço, ao cone sul do atual estado de Mato Grosso do Sul.
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http://www.4shared.com/office/3TgcgdPC/SELVA_TRGICA_-__imposies_e_res.html

OS GUARANI E A ERVA MATE - Eva Maria Luiz Ferreira - Antonio Brand

As populações indígenas kaiowá e guarani passam, atualmente, por inúmeros problemas, resultantes de um processo histórico de perda territorial para as frentes de colonização e consequente confinamento geográfico e sócio-cultural. Sua história vem marcada por processos de negociação, troca e, por vezes de confronto com as diversas frentes de expansão econômica que adentraram no território indígena desde o período pós-guerra do Paraguai. A primeira dessas frentes e que deixou marcas profundas na vida dessa população indígena foi a que se voltou para a exploração da erva-mate nativa, através da Companhia Mate Larangeira.
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http://www.4shared.com/office/OOrPG2ct/Os_Guarani_e_a_erva_mate_-_Eva.html

O PROCESSO EDUCATIVO DOS TRABALHADORES DA ERVA-MATE NA OBRA DO MEMORIALISTA DA FRONTEIRA - HÉLIO SEREJO - ALICE FELISBERTO DA SILVA

No presente estudo o foco é a obra do memorialista Hélio Serejo intitulada ―Caraí, na qual se buscam identificar o homem e a educação na fronteira de Mato Grosso com o Paraguai no Ciclo da Erva-Mate (1883-1947). São extraídos das memórias do autor elementos que possibilitem a compreensão das relações sociais desenvolvidas na fronteira, a fim de elucidar o processo educativo e a constituição da subjetividade do grupo de trabalhadores dos ervais. A fundamentação teórica tem uma perspectiva histórica e interlocução com autores marxistas. Do ponto de vista metodológico, realizou-se uma investigação com dados qualitativos, por meio da análise de conteúdo. O estudo revelou que a educação à qual os trabalhadores aqui referidos tiveram acesso foi a não-formal – realizada na escola do trabalho – e a informal – desenvolvida nas trocas culturais ali estabelecidas. O acesso à educação escolarizada não foi efetivado. Os aspectos que Hélio Serejo permite abordar referentes às relações sociais são: 1) as relações de trabalho; 2) o movimento migratório dos trabalhadores paraguaios; e 3) a ascensão, estagnação e declínio da empresa ervateira. A análise possibilitou identificar que a educação constitui a subjetividade e é, também, constituída por ela. A trajetória singular do grupo de trabalhadores paraguaios também teve implicações para sua educação que, sendo um processo determinado por condições universais, também se constitui e se manifesta de formas singulares.
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http://www.4shared.com/office/7QHB0Apy/O_processo_educativo_dos_traba.html

O BALAIO DO BUGRE SEREJO: HISTÓRIA, MEMÓRIA E LINGUAGEM -Ana Ap. Arguelho de SOUZA


O artigo trata da produção do escritor sul-mato-grossense Hélio Serejo, sem dúvida, o mais fecundo memorialista de uma vasta região de fronteira do oeste brasileiro. Serejo legou à posteridade um patrimônio cultural depositado em mais de 60 livros que mapeiam trabalho ervateiro, costumes, alimentação, mitos, lendas, medicina natural, festas, com o recurso de um trilinguismo que compõe a expressão mais genuína do falar e viver fronteiriços. Registra uma época (século XIX e início do XX) em que a extração da erva-mate foi o motor econômico que colocou essa região nos trilhos civilizatórios. Para fins deste trabalho, foram selecionadas três obras do autor que, juntas, constituem uma espécie de síntese da sua obra. No plano da linguagem e com o concurso da memória, o objetivo segue na direção de apreender como se realiza o movimento dos homens, no fazer sua história, na região que separa Brasil e Paraguai, no oeste brasileiro.
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http://www.4shared.com/office/TnS67j3j/O_balaio_do_bugre_Serejo_-_His.html

Erva-mate Sistema de produção e processamento industrial - Omar Daniel


A erva-mate é uma planta nativa do Brasil e Paraguai, produtora de folhas multiuso. Delas, além do consumo praticamente in natura como chimarrão e tereré, também são extraídos vários produtos utilizados na indústria alimentícia e química. Na forma de chimarrão e tereré, o consumo da erva-mate tem aumentado muito nos últimos anos, especialmente em função da entrada dos jovens no rol dos usuários destes produtos. Como chás de mate, já tradicionais no mercado do sudeste e sul do Brasil, a erva-mate tem atingido novas fronteiras, como os EUA, Europa e Oriente Médio. ... No Brasil, 90% da erva-mate produzida é proveniente de árvores nativas. Em geral estas colheitas são mal conduzidas, sem a aplicação de técnicas de poda e de recuperação adequadas, resultando em decadência dos ervais e, em muitos casos na morte da maioria das plantas. Nos plantios de erva-mate também se percebe o empirismo como prática geral de trabalho. Aperfeiçoamentos na produção de mudas por sementes ou por propagação vegetativa, no plantio, no manejo da cultura, nas técnicas de poda, na adubação, na colheita e no processamento, podem acarretar alterações positivas na produtividade e consequentemente na redução dos custos, além da melhoria da qualidade do produto final. ... Este livro tem como objetivo principal, reunir em uma única fonte de informação, a maioria dos resultados de pesquisa e experiência prática de técnicos e pesquisadores, no Brasil e no exterior, a respeito da cultura da erva-mate. Embora sem grande detalhamento, neste trabalho ousou-se também tratar do processamento da erva-mate no que se refere aos principais produtos utilizados na América do Sul, o chimarrão e o tereré.
Link para o livro completo:

CAMINHOS DA ERVA MATE: A MONTAGEM DA REDE DE TRANSPORTES ASSOCIADA À ECONOMIA ERVATEIRA SUL-MATO-GROSSENSE - 1882 -1902 - PAULO ROBERTO CIMÓ QUEIROZ


Com o final da Guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai (1870) e a consolidação da abertura do rio Paraguai à livre navegação brasileira, tomou impulso o aproveitamento econômico dos bosques nativos de erva mate (Ilex paraquariensis) existentes no extremo sul da então província brasileira de Mato Grosso. Atribui-se ao empresário Tomás Laranjeira, que logrou praticamente monopolizar os ervais sul-mato-grossenses, a montagem de uma complexa estrutura de transporte da erva, que se estendia por territórios do Brasil e do Paraguai rumo à Argentina, o principal e quase único mercado consumidor. A empresa de Laranjeira foi sucedida, desde 1891 e até 1902, pela sociedade anônima Companhia Mate Laranjeira (CML), que manteve e ampliou, com algumas notáveis modificações, a estrutura de transportes herdada do período anterior. O presente trabalho, baseado principalmente em documentos da CML, busca situar a montagem dessa rede de transportes no contexto dos diversos interesses que cercavam o empreendimento, especialmente aqueles do Banco Rio e Mato Grosso, controlador da CML, e do governo mato-grossense.
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http://www.4shared.com/office/t6LFjAqn/CAMINHOS_DA_ERVA_MATE_A_MONTAG.html

A EDUCAÇÃO DO TRABALHADOR NOS ERVAIS DE MATO GROSSO - (1870 –1930) - CARLA VILLAMAINA CENTENO

Este trabalho tem como objeto a educação do trabalhador nos ervais de Mato Grosso, no período correspondente aos anos de 1870-1930. O objetivo principal é compreender de que forma os ervateiros se educavam em seu trabalho. Parte-se do pressuposto que nesse trabalho havia uma ação educativa.  Compõe-se de duas partes. A parte I, trata de uma revisão da historiografia regional, procurando captar a concepção de história, trabalho e cultura através de uma análise crítica que articula a relação entre singular e universal. Nos capítulos primeiro e segundo, descrevemos as principais obras que abordam esse trabalhador, ressaltando divergências encontradas, ponto de partida  para a crítica, construída com base nas investigações realizadas na  segunda parte do trabalho. O primeiro capítulo da segunda parte trata  da educação do trabalhador ervateiro.A partir do conceito do trabalho como princípio educativo, tenta-se compreender como se dava a educação desse trabalhador. No capítulo segundo, caracterizamos o processo de ocupação na fronteira, bem como o de formação de uma classe de proletários que vinha atender às necessidades de mão-de-obra do mate. No terceiro e último capítulo, buscamos alguns antecedentes históricos que provocaram a exploração da erva-mate em Mato Grosso, procurando evidenciar que por trás desse movimento existia uma nova composição do capital.
Link:
http://www.4shared.com/office/anLiZak4/a_educao_do_trabalhador_nos_er.html

Decretos de concessão dos ervais do SMT para Mate Larangeira


Em 1882, Thomaz Laranjeira conseguiu o monopólio de extração da erva mate através de uma concessão de dez anos em uma extensa região. Sozinho, porém não conseguiria tocar tamanho empreendimento. Necessitava dos trabalhadores paraguaios acostumados às penúrias da extração ervateira. A exploração da área foi efetuada através da criação de uma empresa, a Companhia Matte Laranjeira, que atuou na região no período de 1890 a 1940, como arrendatário de terras devolutas que continham os ervais nativos.
Abaixo o link para os decretos 8799 e 9692, concedendo autorização para Thomaz Larangeira realizar a exploração dos ervais do então Sul do Mato Grosso.
Link:
http://www.4shared.com/office/JNMmpT7-/Decretos_concesso_ervais_para_.html

segunda-feira, 7 de maio de 2012

TRANSPORTES E FORMAÇÃO REGIONAL: contribuições à história do transporte no Brasil (Alcides Goularti Filho e Paulo Roberto Cimó Queiroz - orgs.)



TRANSPORTES E FORMAÇÃO REGIONAL: contribuições à história do transporte no Brasil (Alcides Goularti Filho e Paulo Roberto Cimó Queiroz - orgs.)

TRANSPORTES E FORMAÇÃO REGIONAL: contribuições à história do transporte no Brasil (Alcides Goularti Filho e Paulo Roberto Cimó Queiroz - orgs.)

A história dos transportes no Brasil é um tema relevante em termos não apenas acadêmicos como também políticos. Vivemos um momento em que se discute no Brasil a implantação ou ampliação de diversas rotas e eixos viários – caso, por exemplo, das ferrovias Transnordestina, Norte-Sul e Ferroeste, das hidrovias Tietê-Paraná e Paraná-Paraguai e outras. Os autores reunidos nesta coletânea oferecem uma contribuição à problemática da integração de mercados regionais, encarada pela óptica da História Econômica e levando em conta também, entre outros aspectos, os importantes contornos políticos das diversas experiências e tentativas de integração – contornos esses associados, por exemplo, às ideias de “ocupação” e controle dos ditos “sertões interiores” do país.

Sobre os organizadores:
Paulo Roberto Cimó Queiroz: licenciado em História pelas Faculdades Unidas Católicas de Mato Grosso, de Campo Grande; especialista em Metodologia do Ensino Superior pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul; mestre em História pela UNESP/Assis e doutor em História Econômica pela USP. Desde janeiro de 2006 está vinculado à Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), onde trabalha nos cursos de Graduação e Pós-Graduação em História (mestrado e doutorado) e coordena o Centro de Documentação Regional, da Faculdade de Ciências Humanas. Publicou 2 livros, vários capítulos e diversos artigos em periódicos científicos nacionais e estrangeiros.
Alcides Goularti Filho: graduado em Economia pela Universidade do Sul de Santa Catarina; mestre em Geografia pela Universidade Federal de Santa Catarina e doutor em Economia pela Universidade Estadual de Campinas. É professor do curso de Economia da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) desde 1994. Pesquisador Produtividade do CNPq. Atualmente desenvolve projetos de pesquisa nos seguintes temas: transportes e formação regional, complexo ervateiro, marinha mercante, construção naval e SUDESUL. Publicou 2 livros – com destaque para Formação Econômica de Santa Catarina – e organizou outros 3.
Link para baixar o livro completo em PDF.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Lutas e Resistências ao dominio da Mate Larangeira - Gillen,Isabel Cristina Martins

Palco de lendas e histórias, o sertão de Mato Grosso foi caracterizado no inicio do século por viajantes e literatos como paradisíaco. Em um quadro imaginário de sertão, estuda-se as relações de poder, engendradas pela Companhia Mate Larangeira, na região sul, fronteira com o Paraguay.
Link:
http://www.4shared.com/office/Cd4IgJWC/Lutas_e_Resistncias_ao_dominio.html
Decretos de concessão dos ervais do então sul do Mato Grosso à Thomaz Larangeira - 1882 - 1886
Link:
http://www.4shared.com/office/iOmqS4B2/Decretos_-_Mate_Larangeira_-_1.html

A elaboração de Selva Trágica, de Hernâni Donato - Prof. Dr. Jérri Roberto Marin


Link:

A educação do trabalhador nos ervais de mato grosso - 1870-1930 - Carla Villamaina Centeno



Este trabalho tem como objeto a educação do trabalhador nos ervais de Mato Grosso,
no período correspondente aos anos de 1870-1930. O objetivo principal é
compreender de que forma os ervateiros se educavam em seu trabalho. Parte-se do
pressuposto que nesse trabalho havia uma ação educativa.
Link:
http://www.4shared.com/office/anLiZak4/A_educao_do_trabalhador_nos_er.html

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Fotos históricas Mato Grosso do Sul

FOTOGRAFIAS HISTÓRICAS DO MATO GROSSO DO SUL



Companhia Mate Larangeira





                                                             Matex - Ponta Porã - Ms





                                             Estação ferroviária - Ponta Porã - Ms








sexta-feira, 30 de março de 2012

VIAS DE TRANSPORTE E COMUNICAÇÃO NO SUL DO MATO GROSSO COLONIAL: PROJETOS E REALIDADES - PAULO ROBERTO CIMÓ QUEIROZ


O território atualmente correspondente ao Estado de Mato Grosso do Sul emergiu para a história da América portuguesa no início do século XVII, quando os grupos indígenas que o habitavam passaram a ser alvo das incursões escravizadoras efetuadas por moradores do planalto paulista, na então capitania de São Vicente. À atividade preadora desses bandeirantes associa-se, já no início do século XVIII, a ocorrência de um importante evento: a casual descoberta, em 1719, de ricas jazidas de ouro de aluvião nas imediações do local onde depois surgiria a cidade de Cuiabá (já no território do atual Estado de Mato Grosso). Tal descoberta acarretou notáveis mudanças na história de toda essa região, pois somente a partir dela teriam início o povoamento luso-brasileiro e o efetivo interesse do governo português pela posse do território. -
Link:
 http://www.4shared.com/office/zzB6hPt-/VIAS_DE_TRANSPORTE_E_COMUNICAO.html


VIAS DE COMUNICAÇÃO E ARTICULAÇÕES ECONÔMICAS DO ANTIGO SUL DE MATO GROSSO (SÉCULOS XIX E XX): NOTAS PARA DISCUSSÃO - PAULO ROBERTO CIMÓ QUEIROZ

Este trabalho tem como principal objetivo esboçar, em linhas gerais, um painel das articulações econômicas do antigo sul de Mato Grosso, nos séculos XIX e XX. O fio condutor da análise é a tentativa de evidenciar que: 1) desde que emergiram, no antigo sul de Mato Grosso, atividades mercantis mais duradouras, na primeira metade do século XIX, a economia dessa região tendeu a orientar-se para os circuitos do sudeste brasileiro; 2) entretanto, pela condição fronteiriça e pela especificidade dos recursos naturais da região, bem como pela peculiar disposição de sua rede hidrográfica, a integração com o sudeste pôde ser desafiada por uma outra alternativa: a vinculação direta com outros mercados, mediante o trânsito pelos rios Paraguai e Paraná e pelo estuário do Prata;
3) no curso desse “desafio”, iniciado em meados do século XIX, a economia sul-mato-grossense se repartiu entre as atrações “de leste”, crescentemente preponderantes, e as “do sul”, que se apresentariam bastante enfraquecidas já na primeira metade do século XX.
Link:
http://www.4shared.com/office/S-nBs2lr/Vias_de_comunicao_e_Articulaes.html

UMA ESQUINA NOS CONFINS DO BRASIL: O SUL DO MATO GROSSO COLONIAL E SUAS VIAS DE COMUNICAÇÃO (PROJETOS E REALIDADES) - PAULO ROBERTO CIMÓ QUEIROZ

Este trabalho sugere que o caráter essencialmente fluvial, assumido pelas expedições conhecidas como monções, teria decorrido da relativa desimportância do comércio direto entre as antigas capitanias de São Paulo e Mato Grosso. Sugere também que, dado esse contexto, a constituição de um pólo de extração aurífera em Cuiabá não chegou a produzir efeitos dinamizadores sobre a economia da porção sul da então capitania de Mato Grosso. Desse modo, as tentativas de estabelecimento de atividades produtivas nessa porção tenderiam a vincular-se sobretudo a projetos estatais, os quais visavam aproveitar a peculiar configuração geográfica da região com vistas tanto à defesa do território quanto ao comércio com os vizinhos.
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http://www.4shared.com/office/nK9JudUH/Uma_esquina_nos_confins_do_Bra.html

O DESAFIO DO ESPAÇO PLATINO ÀS TENDÊNCIAS DE INTEGRAÇÃO DO ANTIGO SUL DE MATO GROSSO AO MERCADO NACIONAL BRASILEIRO: um hiato em dois tempos - Paulo Roberto Cimó Queiroz

O espaço correspondente ao atual estado brasileiro de Mato Grosso do Sul foi incorporado no século XVI aos circuitos do Paraguai colonial, mas já no século XVII, no contexto que S. B. de Holanda denomina refluxo assuncenho, a presença espanhola foi sendo substituída pela luso-brasileira, passando portanto essa região a vincular-se, ainda que de modo inicialmente tênue, ao sudeste da América portuguesa. Em meados do século XIX, com a liberação da navegação brasileira pelo rio Paraguai, essa região voltou, de certo modo, a fazer parte do espaço platino. O presente trabalho busca evidenciar que, a despeito das notáveis mudanças induzidas pela livre navegação, esse último período de vinculação ao espaço platino constituiu, na verdade, uma espécie de “hiato”, no interior do processo mais longo representado pela vinculação com o mercado nacional brasileiro.
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MATO GROSSO/MATO GROSSO DO SUL: DIVISIONISMO E IDENTIDADES (UM BREVE ENSAIO) - PAULO ROBERTO CIMÓ QUEIROZ

No Sul do antigo Estado de Mato Grosso (correspondente, grosso modo, ao atual Mato Grosso do Sul) registram-se, desde fins do século XIX, reivindicações de autonomia em face das oligarquias ditas “nortistas”. Este trabalho analisa documentos dos divisionistas sulistas de meados da década de 1930 para sugerir que neles se esboça a construção de uma identidade especificamente sul-mato-grossense, como resposta à “identidade mato-grossense” elaborada pelos “nortistas”. Busca-se também mostrar que, tendo logrado ascender ao poder estadual, as elites sulistas praticamente abandonaram as idéias de divisão e de construção da “identidade sul-mato-grossense”. Critica-se, enfim, a retomada dessa construção no período seguinte à divisão do Estado, ocorrida em 1977.
Link:
http://www.4shared.com/office/Ym4x4hRQ/MATO_GROSSO_MATO_GROSSO_DO_SUL.html

JOAQUIM MURTINHO, BANQUEIRO: NOTAS SOBRE A EXPERIÊNCIA DO BANCO RIO E MATO GROSSO (1891-1902) - PAULO ROBERTO CIMÓ QUEIROZ

O Banco Rio e Mato Grosso, fundado no Rio de Janeiro em 1891 com a participação de membros da família Murtinho (integrantes da elite política mato-grossense da época) e liquidado em 1902, foi a primeira instituição bancária a operar no antigo estado de Mato Grosso. Entretanto, ele tem sido lembrado pela historiografia de modo apenas incidental. Este trabalho, tendo como fontes documentos do próprio banco, busca recuperar sua trajetória e discutir suas vinculações com a economia e a política do antigo Mato Grosso, visando demonstrar a relevância de seu estudo sobretudo no que concerne ao tema das relações entre os bancos e o crescimento econômico regional.
Link:
JOAQUIM_MURTINHO_BANQUEIRO__NO.html

Análise química da erva mate - Universidade de Caxias do Sul - UCS


Tem-se se observado que em todos os cantos da Terra, um acentuado pendor do homem pelas plantas cafeníferas. Não fugiram a dessa regra, os índios primitivos da parte meridional do nosso continente, que descobriram a nossa erva mate (Ilex Paraguayensis), pertencente ou grupo das Aquifoliácea, como os da parte setentrional do continente que descobriram essa propriedade estimulante no cacau, outros no guaraná, os médios – orientais no café, os extremos orientais no chá etc. Mas seus efeitos estimulantes não podem ser atribuídos apenas aos alcalóides da cafeína e da teobromina, mas sim das vitaminas, dos sais minerais e de outras mais famílias de substâncias que formam a erva mate. Nosso trabalho está disposto a esclarecer mais sobre estas substâncias, pelo fato de estarem em maior teor, e seus efeitos fisiológicos, sem deixar de lado a parte histórica, as origens e a parte de beneficiamento da planta.
Link:
Analise_Quimica_da_Erva_Mate_-_.html

A luta pela terra nos sertões de Mato Grosso - Isabel Cristina Martins Guillen

O artigo estuda a luta pela terra no sul de Mato Grosso contra o domínio da Companhia Matte Larangeira, que detinha o controle sobre as terras ervateiras através de contratos de arrendamento com o governo estadual. Tal movimento social imprimiu feições próprias à história da região. Discutimos a trama miúda da vida política da fronteira e de alguns posseiros que lutaram judicialmente contra a Companhia, visando desfazer a classificação desses movimentos como atos de banditismo social.
Link:
http://www.4shared.com/office/4lhdR-vx/A_luta_pela_terra_nos_sertes_d.html

quinta-feira, 29 de março de 2012

Erva Mate - O outro lado -A presença dos produtores independentes no antigo Sul de Mato Grosso - Laércio Cardoso de Jesus


No primeiro capítulo descrevem-se os ervais nativos da região e aborda-se a atuação da Companhia Mate Larangeira, virtual monopolista da exploração ervateira na região durante muitas décadas. Em seguida, a pesquisa enfatiza a presença dos produtores independentes na atividade ervateira entre 1870 a 1937, demonstrando como estes sujeitos da história tiveram participação ativa na economia ervateira do antigo Sul de Mato Grosso. No último capítulo, far-se-á uma análise do fortalecimento dos produtores independentes frente às oscilações do mercado, bem como o declínio vertiginoso das exportações. Dessa forma, a pesquisa traz uma abordagem referente as imposições do mercado ervateiro e as tentativas dos governos de reanimar o mercado, através da criação de órgãos, cujos objetivos, eram amparar a classe produtora de erva-mate.
Link:
http://www.4shared.com/office/zi1iCAUt/Erva_Mate_-_O_outro_lado_-A_pr.html

quarta-feira, 28 de março de 2012

O trabalho de Sísifo: "A escravidão por dívida" na indústria extrativa da erva-mate (Mato Grosso, 1890-1945) - Isabel Cristina Martins Guillen

Para além de uma explicação que se apóie na racionalidade da reprodução do capital, este artigo objetiva discutir a persistência da escravidão por dívidas no Brasil republicano como o resultado de nossa cultura política que destitui o trabalhador rural de direitos sociais e não lhe reconhece o estatuto de cidadão. Ao analisar as formas de trabalho coercitivo, dominantes na indústria extrativa da erva-mate em Mato Grosso na primeira metade do século XX, pode-se perceber que a escravidão por dívida atua como uma estratégia de manutenção da mão-de-obra em condições de trabalho insalubres e que proporcionam péssimas condições de vida. Ao mesmo tempo, ao escolher analisar a história dos ervais sul mato-grossenses objetivou-se proporciona ao leitor a visibilidade para compreender a escravidão por dívidas em todo o país. -
Link para o artigo completo:
http://www.4shared.com/office/OHxpcfa9/A_escravido_por_dvida_na_indst.html

A PARTICIPAÇÃO DOS INDIOS KAIOWÁ E GUARANI COMO TRABALHADORES NOS ERVAIS DA COMPANHIA MATTE LARANGEIRA (1902-1952) -EVA MARIA LUIZ FERREIRA



Pesquisando o cotidiano nos ervais foi possível constatar que os indígenas fizeram parte do empreendimento ervateiro, com a sua especializada mão-de- obra, juntamente com paraguaios, argentinos e outros. Constatou-se que essa participação não atingiu da mesma forma todas as aldeias indígenas. Estabeleceu-se uma relação ao mesmo tempo de exploração e de troca, pois havia muitos produtos que interessavam diretamente aos índios. Em outro momento, o próprio o SPI passou a agenciar o trabalho dos índios para empreiteiros da erva e fazendeiros locais. O estudo identifica, ainda, que a participação indígena nesses eventos foi desapercebida pela produção historiográfica sobre esse período.
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segunda-feira, 26 de março de 2012

A grande empresa conhecida como Companhia Mate Laranjeira e a economia ervateira na bacia platina - 1882 -1949 - Paulo Roberto Cimó Queiroz



Nos anos posteriores ao final da guerra contra o Paraguai, a perspectiva de exploração dos ervais sul-mato-grossenses atraiu o interesse de diversas pessoas (cf. CORRÊA FILHO, 1925, p. 17). No entanto, a história da exploração ervateira no SMT, nas décadas subseqüentes, ficaria marcada pela presença de apenas uma grande empresa, cujas origens são situadas entre fins da década de 1870 e inícios da década seguinte: trata-se da empresa que, a despeito de haver assumido, ao longo do tempo, diferentes denominações, costuma ser designada como Companhia Mate Laranjeira (CML), designação essa derivada do nome do fundador do empreendimento, Tomás Laranjeira.
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http://www.4shared.com/office/R0idNcEw/A_Grande_empresa_conhecida_com.html?

ERVA MATE - SUA HISTÓRIA, SEUS ENCANTOS E DESENCANTOS - Humberto Antunes de Oliveira


Procuramos desenvolver uma pesquisa no sentido de expor de modo, ainda que superficial todo o período em que a extração da erva mate foi uma das maiores economias do país, passando pela criação da Companhia Mate Laranjeira, suas ações e reações, e a migração dos povos do sul, especialmente os gaúchos. Enfocamos ainda a produção ervateira dos pequenos produtores, sua união em Sindicato e depois em Cooperativas, a queda da importação do mate pela Argentina e quebra das cooperativas e de todo o sistema produtivo do mate no Mato Grosso. Abordamos ainda a construção da primeira indústria de mate solúvel do Brasil e sua contribuição para a economia da região sul do então Mato Grosso.
Link:
Erva Mate - Seus encantos e desencantos.