terça-feira, 13 de agosto de 2013

O forte de Iguatemi - Atalaia do império colonial e trincheira da memória dos índios Kaiowás da Paraguassu - Ana Maria do Perpétuo Socorro dos Santos

Os Guarani-Kaiowá de Mato Grosso do Sul, em seu involuntário relacionamento com a sociedade nacional, passaram por diferentes situações históricas. Do inicio da conquista européia até o século XX esta população indígena esteve sempre em situações de conflito com as potências europeias. Jesuítas, Bandeirantes, Guerra do Paraguai, Cia. Mate Laranjeira e nos dias de hoje enfrentam novas frentes de expansão capitalista. A sociedade Kaiowá enquanto sociedade que procura sobreviver mesmo em desvantagem em relação à sociedade nacional extrai de seu imaginário social a força que necessitam para continuar existindo e projetando seu futuro. Para tanto, pretendemos levantar questões sobre a história vivida (memória coletiva) sobre o Forte Iguatemi pela comunidade Kaiowá da aldeia Paraguassu e relacioná-la com a história construída (produção historiográfica). A lembrança do Forte é um elemento integrador da identidade étnica e adquire um significado politico uma vez que atesta a imemorialidade na ocupação do território por este grupo, referendando a legitimidade atual da ocupação da terra. A lembrança do Forte torna-se uma representação coletiva desse grupo.

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